EU DESCOBRI...
A Barragem do Pêgo da Moura é uma barragem romana declarada Imóvel de Interesse Público em 31/DEZ/1997. Situada no lugar das Represas, nas imediações da Estrada Nacional 120, que liga Grândola a Santiago do Cacém, entre Santa Margarida da Serra e Grândola, esta barragem, construída na época da ocupação romana do território português, foi apenas identificada já durante o século XX.
Associada a esta barragem existe uma lenda que chegou até hoje pela tradição oral:
Uma mulher que, numa noite de luar, conduzia uma vaca, ao passar junto da represa, viu sobre esta uma moura que se penteava com pente de ouro.
Disse-lhe a moura:
A tua vaca vai ter dois bezerros iguais; não uses o leite dela a não ser para os alimentares e, quando forem adultos, vem apresentar-mos.
Nasceram efectivamente dois bezerros idênticos, brancos, e a mulher não deu outro destino ao leite da vaca que não fosse o recomendado.
Porém, um dia, perante o rogo de uma vizinha que necessitava urgentemente de leite para acudir a um enfermo cedeu-lhe parte do que tinha na vasilha. Logo reconheceu o erro cometido e, irritada, derramou o resto do leite da vasilha sobre um dos bezerros, que, com grande espanto seu, viu, de imediato, coberto de malhas.
Quando os animais ficaram adultos, a mulher conduziu-os de noite até ao local da represa. Aí lhe apareceu a moura, que ordenou que os levasse para dentro de água, ao que ofereceram alguma resistência.
Apareceu então uma canga sobre os bois, que começaram a puxar algo que estava soterrado nas areias depositadas e que, ao emergir daquelas, se revelou surpreendente: uma enorme trave de ouro reluzente. Cedo se quebrou o encanto, o boi malhado cedeu e ajoelhou logo, afundando-se a trave e desaparecendo a moura.
Ouviu-se então uma voz:- Carriba boi bragado, tiravas a trave de ouro se não te têm o leite roubado.
fotografia: isabel
informação: internet